quarta-feira, 13 de abril de 2011

Bolero meu

E por hoje falarei,
ainda que incompleto,
dos loucos mundos que embarquei

Só não caiam no meu erro
do saber demais
e, por desespero,
agir conforme o que já sei

Pois de nada adianta
adiantar o que não veio
e por puro devaneio
vangloriar-se um grande rei

Se de ordens tu não vive,
e apenas serás homem livre
ao abolir de tuas veias
cada breve covardia
que te apossa ao meio dia

E dos sonhos na cabeça
não se deixe enganar
tu nada terás de nobreza
até saíres do lugar

Pois moeda sem valor,
se chamada assim for,
é nada menos que aquela
que, por pura balela,
não se põe a circular

E antes que tudo seja
aquilo que tu deseja,
aprenda a adorar-te

Ergue a testa, olha em frente
enxerga o teu inerente
pois ainda que o normal,
com aparência de vital,
seja o vislumbrar externo

De nada adianta
se com olhar de anta
olhas para o interno

5 comentários:

  1. incrivel o que vejo
    pois pelo que de ti conheço
    muito menos esperava
    by roque

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  2. ora, roque, não se espante
    mal sabes da vida do outro
    das duas opções disponíveis pra ti
    escolheste a mim subestimar,
    mas por muito
    ou por pouco?

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  3. haha obrigado pelo elogio

    mas eu continuo sendo aquele vicente também, isso é mais por aqui mesmo.

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  4. "poeteiro" .
    HAHUAHUAHUAHHUAHUA tive que fazer o trocadilho. :)

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  5. Vou ter que pedir um poema em minha homenagem um dia rs

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