domingo, 13 de novembro de 2011

Você é minha poesia!

Você é minha poesia!
por amar a minha cria.
vê que há tanto lhe dizia?...
- bem custava a acreditar...

e já ardem os meus pés,
que, de um passo a cada dez,
pressupõem que meu cuidado
tem algum erro velado,
e se perde em tal viés...

e agora vivo assim:
do triunfo de que em mim,
com teu rosto aproximado,
dou cultivo ao rijo impulso
de ter tudo de dentro expulso
quando estou a ti colado.

mas à tudo dás indício
de que invoca minha tortura.
quando falo em seu ouvido,
e não muito se segura.
pois de mim sai um suplício
por teu corpo ao meu trancado,
que implora, desde o início,
os amores lado a lado

como então não é verdade?!
puro julgo apropriado:
o que tenho é saudade
se despede sempre assim: tão cedo,
e por que só volta à mim tão tarde?...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Foi!

Estou eu aqui; final de semana, como te prometi. Tecnicamente, nem mais até... mas, como as coisas que se leva no jeito, é sim: vim de um domingo e nele estou, até porque só se passaram 15 minutos e, no máximo, cheguei atrasado. Mas cheguei.

Mas nem pra definir nada de vez!... Não faço idéia do que falar;
mas nunca soube... e sai, não sai? É quando faço da vontade a prática, e nada mais. Nas outras vezes, tudo para no imaginário de um feito fantástico e carregado de acertos, que não cria mais do que fantasmas, e esses rodeiam até que se esqueça e surjam outros - o que é bem comum, pois a vida corre, as opções se projetam, e nelas a cabeça fica quente e pensante, só não pelas coisas de sempre (por sinal, especialmente não para elas!)... e tudo se anuvia.

E o que mais é um 'forçar-se à sentar e escrever' do que uma afirmação de vontade?
Chegar a ver o que empurra, acho difícil; nem eu sei ao certo.
Há tanta coisa aqui dentro que não saberia mais dizer o que é racional ou não.
Ou até onde isso importa...Bem já foi dito acima: louco ou sóbrio, 'frio ou doce, quente ou amargo', o que importa é colocar no papel.

E demoro. Demoro tanto que me chama a atenção. E por isso tenho feito escolhas mais próximas da minha superfície; pois, tal como a terra, lá dentro tudo inflama, mas é fora que há vida... E de tanto vasculhar, acabo apenas procurando - o que não é nada bom, com tão pouco tempo...

Então hoje estou assim: certo! Certo pra mim, certo de mim, ainda que não saiba de mais nada. E me sinto bem, pois sinto!

A escolha está feita, e pela intensidade. E não mais validade, não mais vaidade, nem mais sinceridade - mesmo ela está em xeque. Adianta a franqueza quando se está errado? E qual é o critério da verdade? Saber o que é melhor pra mim? Seria como 'aceitar' que já conheço de tudo, sentar e cruzar meus braços, à espera das coisas repetidas... não me agrada.

Escolher e pronto é uma boa verdade. Pois me deixa bem, e esse talvez seja o objetivo de tudo, afinal: saber querer...

Eu quero.