domingo, 13 de novembro de 2011

Você é minha poesia!

Você é minha poesia!
por amar a minha cria.
vê que há tanto lhe dizia?...
- bem custava a acreditar...

e já ardem os meus pés,
que, de um passo a cada dez,
pressupõem que meu cuidado
tem algum erro velado,
e se perde em tal viés...

e agora vivo assim:
do triunfo de que em mim,
com teu rosto aproximado,
dou cultivo ao rijo impulso
de ter tudo de dentro expulso
quando estou a ti colado.

mas à tudo dás indício
de que invoca minha tortura.
quando falo em seu ouvido,
e não muito se segura.
pois de mim sai um suplício
por teu corpo ao meu trancado,
que implora, desde o início,
os amores lado a lado

como então não é verdade?!
puro julgo apropriado:
o que tenho é saudade
se despede sempre assim: tão cedo,
e por que só volta à mim tão tarde?...

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