domingo, 17 de junho de 2012

Solturas

É lógico que eu não sigo (ou sinto, ou penso) à risca o que falo aqui. Mas o exagero é próprio de todos nós, e serve ao menos para que eu me entenda - se não pelas intensidades, sim pelos formatos e tendências...
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Mas será que poderei contribuir com algo duradouro?
Até agora apenas discursei ao som do vago; e, embora isso geralmente dê a impressão de benção ou virtude, está mais para um enfado - uma inconveniente mania de manter sempre os mesmos meios por já estar especializado; mas eu me especializei no abstrato, no vasto e no relativo.
Isto é possível?
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Vocês não conhecem o meu olhar para fora... mas, enquanto ele não estiver aplicado e eu não puder manipular, isso não me é uma vantagem.
E o que falta então?
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Talvez preveja para um futuro muito à frente; para após um tempo de lentíssimo - mas almejado - empenho, onde puderam ser aprimoradas a distinção e a independência até os seus fins realmente ideais - tudo isso em cada uma das peças dessa imensa engrenagem social. 
Será quando os olhares e sons ambientes deixarão de ser importantes.
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Mas não é fácil desgarrar-se das manias e das famílias...

Para os dias sem paciência: pular para 3:30.

sábado, 16 de junho de 2012

Síndrome de Robin Hood

Vamos ver o que ainda posso fazer... pois esse tempo fora de casa me trouxe alguma doença de estrangeiro, e eu nem sei se escrevo mais...
- mas isso sempre foi desculpa. E, portanto, estou aqui...

Eu que sou abrigo de um verme que consome a minha mais útil forma de exclusão: a que se aplica quando, de fato, estou só. Ele me contamina com o pleno senso de simplicidade no entendimento da existência do ridículo, do injusto, até mesmo do feio, e se pratica bem junto ao meu instinto - acabando por imunizá-lo contra toda a forma de indignação.

Em suma, ao entender que tudo veio a ser (em negação ao aclamado "É"), não para de mudar, e, em absoluta maioria, por cursos e motivos distantes do alcance de qualquer influência, a indignação (enquanto hábito) e o rancor me parecem atitudes bem baratas...

Mas apesar de ver nisso uma evolução, um sinal verde ao aprendizado, parece que o preço sou eu. E a própria analogia do verme já compreende essa imagem: com ele engordando a base de goles nos fluidos e essências vitais do meu corpo.

E tudo isso é traduzido em uma inexpurgável fraqueza de opinião, que me leva a querer decidir sempre como um político bom, em respeito a um tipo de fardo que me impele a virar mesmo um - e com isso a confundir o senso comum com o próprio, e a nem me consultar sem antes ter consultado alguém (ou seja, estar contaminado).

Esse é o lar perfeito de toda a compaixão doentia e remorso qualquer, embora eu não seja tanto assim...
- mas porque ainda luto!, imagino o quão mais fechado eu seria se não...

Pois a todo momento estou aí, posto à prova;
e se eu não estivesse sempre em guarda contra esse bicho da sedução (por estar seduzido!), contra essa síndrome do Robin Hood!, ficaria sem dinheiro...
(pois ele ainda é ladrão - e nem isso eu sou).

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Libertação

Se vêm procurando continuação de algum texto, não acho ser boa hora - das outras não sei, mas agora não é.

Não sou inventor de nada; apenas constato - mas acho que sirvo pra mim, e só. Esta é a minha conferência, meu espelho de estimação, o eu interno... que nunca conhecerão de fato! E, até por isso, ando com saudades...

Mas mil perdões pelas mil promessas de continuações. Nem sei por que insisto em palavras levianas e tão pouco atadas à mim... - E então pareço mesmo um tanto como aqueles, quando ainda mais jovens que eu: estimando valores pela régua dos outros.

Tenho essa cisma de adequação... pois os bons escritores: inventam! ou não?

Bem, não sou de historinhas, e para tanto devo ser ruim... mas sou assim... pertencente aos movimentos e reações; às sinas e choros - mas não aos motivos!

Saibam que tentarei. Tentarei agir conforme... conforme..... conforme, apenas!

E hoje é mesmo bem curto, pois essa postagem é de libertação!
Libertação das amarras da cobrança!
(Não! não de vós...! minha!)

Liberto-me de mim mesmo!

E voltarei agora à normalidade. Tenho textos entupidos, abram espaço!
 (!, e como lidar com mais essa?)

Tentarei.