domingo, 20 de abril de 2014

Fisiodilema












Quanto mais aguentará a resistência
que me comprime por dentro
numa apneia de décadas?

Onde mais tomar um vento de quintal,
se hoje presto de assoalho 
em um canto de paredes altas?

O que mais dá pra cuspir por esses poros -
posso aroma, elixires?
mesmo o sal ainda se encontra...?

Quanto, em baldes, poderíamos medir?
Ainda assim sou pá de areia,
e vivo aquém da natureza...

E afinal -
quando um globo -
como devo me irromper?

Pelo estouro; sucumbido;
como feto mal gerido?

Ou da força a (re)nascer...?

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