Minha carne ainda inflama
por aquele seu último toque:
quando tuas unhas eram de lama,
e, com os anéis enferrujados,
seus dedos me deram um choque...
Ah, que triste despedida!!
Tu, de cotidiano vestida,
a fechar nossa cortina...
O inverso que há no mundo
da gueixinha esparramada
que aromava minha rotina...
Seguiu que
me plantaram em um prato raso,
cercado por flores de vaso:
de vista a só cores gritantes
e hastes só duras -
nada como seus pés tão vibrantes
e as suas ternuras...
...
Mas está bem,
eu devo crescer também.
E quem sabe eu atinja
o esplendor de minha copa
para que em riste,
com a visão do sol
e em nada triste!,
renasça o amor em mil ninhos -
nem que dos passarinhos...!
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